Toda a gente sabe que é obrigatório ter um seguro para todos os automóveis em Portugal. No entanto,nem toda a gente sabe, realmente, como escolher um bom seguro automóvel à medida do que precisam, sem pagar desnecessariamente e sem ficar à mercê de surpresas desagradáveis nos piores momentos. No final de contas, é você que deve perceber se o seguro que lhe estão a vender corresponde ou não às suas expectativas. Por isso, neste artigo vai encontrar conselhos úteis para escolher um bom seguro automóvel.

Conselhos úteis:

A tarefa de escolher um bom seguro automóvel requer, sobretudo, atenção. Implica conhecer os tipos de seguros que são comercializados em Portugal, tendo em conta a idade e as características do seu automóvel, bem como os percursos que faz regularmente e o tipo de uso que lhe faz. Assim, pode ter uma noção das coberturas que precisa de contratar.

Passo 1: Que tipos de seguro automóvel existem?

Só existem dois tipos de seguro automóvel: o Seguro de Responsabilidade Civil e o Seguro de Danos Próprios (comummente designado de “seguro contra todos os riscos”).

Seguro de Responsabilidade Civil:

O seguro de Responsabilidade Civil é obrigatório para todos os veículos mesmo que estejam parados na garagem. Este cobre os danos provocados involuntariamente a pessoas transportadas e a terceiros (com exceção do condutor). Note que este produto não cobre os danos no veículo considerado culpado pelo sinistro nem lesões que o condutor possa sofrer ou danos corporais em familiares do condutor responsável até 3º grau ou que estejam a cargo dele, por exemplo.

Seguro de Danos Próprios:

Ao contrário da primeira opção, esta é facultativa, mas que aumenta a cobertura do seguro, aumentando assim a sua proteção. Além das coberturas obrigatórias, garante a proteção do condutor e do veículo quando a responsabilidade do acidente é sua. Pode ter ainda mais coberturas, consoante, obviamente, um aumento no prémio do seguro.

Passo 2: O seu carro é novo ou antigo?

Se vai comprar um carro novo, talvez valha a pena contratar um seguro com mais coberturas, preferivelmente de danos próprios. Afinal, em caso de acidente é certo que a fatura vai ser pesada. Agora, se tiver um carro com mais de 10 anos um seguro de responsabilidade com algumas coberturas adicionais, como, por exemplo, a quebra de vidros pode ser o suficiente. Ajuste sempre a apólice ao valor real do seguro.

Passo 3: Qual a sua experiência de condução?

A experiência do condutor também se pode revelar de suma relevância na altura de decidir o seguro automóvel a escolher. Imagine que tem um carro já com alguns anos, mas cujo condutor habitual é o seu filho, com uma carta recente. Neste caso, um seguro de danos próprios pode ser muito tranquilizador.

Tenha também em atenção que, se for o tomador do seguro, mas se o condutor habitual for outra pessoa deve comunicar esse dado ao seguro, para que a seguradora não se recuse a pagar o seguro.

Passo 4: Faz muito uso do carro? Conduz na cidade?

Usar o carro de forma esporádica ou diariamente é, sem dúvida, outra questão a ter em conta. Quanto mais andar com o carro, mais trânsito encontrará. O mesmo se pode dizer se conduzir na cidade e não em zonas mais rurais. Estes fatores traduzem-se num maior risco de ocorrência de acidentes, e quanto maior este for, maior deve ser a cobertura a escolher.

Passo 5: Que coberturas precisa?

Em termos gerais, pode-se dizer que o seguro obrigatório de Responsabilidade Civil cobre os danos provados a terceiros e que o seguro de danos próprios cobre também os seus danos e os do seu veículo em caso de ser você o causador do acidente. No entanto, nem tudo o que acontece ao seu veículo resulta num acidente de viação. Veja alguns exemplos:

• Imagine que fica imobilizado precisa de Assistência em Viagem. O reboque leva o carro, mas como é que vai para casa? A seguradora paga o táxi? Tem carro de substituição enquanto que o seu estiver na oficina?
• Se o valor a pagar de responsabilidade civil for superior ao mínimo obrigatório a seguradora paga?
• Imagine que vai na autoestrada e, do nada, salta uma pedra que lhe parte o vidro. O seguro cobre o gasto?
• E se lhe vandalizarem ou roubarem o carro?

Todas as questões que forem relevantes para si devem traduzir-se em coberturas facultativas no seu seguro que vai escolher. Tenha é em atenção que quanto maior a cobertura, maior é a proteção, mas também maior é o prémio a pagar.

Passo 6: Saiba quais as exclusões do seu seguro

As exclusões são danos, situações, eventos ou acontecimentos que não estão abrangidos pelas garantias do contrato do seguro. Estas delimitações encontram-se presentes nas condições gerais e especiais da apólice, que informam a redução da extensão de determinada garantia. Antes de contratar seu seguro, informe-se bem sobre quais as situações em que não está protegido.

Passo 7: Pergunte a quem sabe

Antes de contratar o seu seguro automóvel, é sempre uma boa ideia saber aquilo que está a comprar. No entanto, o mundo dos seguros é muito complicado e ficar a saber absolutamente tudo sobre o seu seguro é um gasto de tempo que, provavelmente, não está disposto a fazer. Para isso, pode contar com a equipa da SEPTOR para o ajudar no que precisar e a resolver imbróglios que possam acontecer na sequência de um sinistro.