Hoje em dia, estamos a assistir a uma subida das taxas de juro galopante. Com isto, uma das primeiras coisas que nos vêm à cabeça é como podemos reduzir à nossa prestação mensal, até porque, muitas vezes, esta não vem sozinha: grande parte dos portugueses possuem, além do crédito de habitação, um seguro de vida crédito habitação. Mas não se preocupe, neste artigo, vamos abordar os passos essenciais para poder poupar com estas prestações.

1: Veja as suas condições atuais de crédito

Antes de começar a poupar, convém calcular o preço atual do crédito, e quanto vai pagar. Neste cálculo, deve ter em conta o spread, os seguros que paga (vida e multirriscos habitação) e os custos com cartões de crédito, débito e contas poupança, que “bonificam” o spread. No entanto, se achar que estas contas são muito complexas, existem sempre simuladores online que o podem ajudar.

2: Pense em transferir o crédito

Por vezes, é uma boa ideia transferir o crédito habitação para outro banco, porque o seu spread pode ser superior àqueles que o mercado pratica atualmente. Especialmente se tiver contratado o crédito entre 2010 e 2016, a sua poupança pode chegar aos milhares de euros. É claro que, como tudo na vida, existe um custo associado. Se tiver um empréstimo de taxa de juro variável, esse montante corresponde, no máximo, a 0,52% do seu empréstimo. Do mesmo modo, terá de pagar até 2,08% em casos de taxa de juro fixas.

Em terceiro lugar, pode vir a ter de pagar mais algum, entre despesas bancárias e despesas de natureza legal. Mesmo assim, o que poupa pode superar em muito esses gastos: por cada 0,1% que baixar o seu spread, poupa 1 euro por cada 1000€. Pode parecer pouco, mas se transferir 100 000€ de dívida, com uma baixa de spread de 1%, estará a poupar 1000€ por ano. O que é importante ter em conta é que, se considerar esta opção, tem de olhar bem para o longo prazo para poder ver o quanto pode poupar.

3: Consulte os bancos

Antes de mais, importa perceber se é, ou não, um cliente atrativo para outro banco. Normalmente, estes querem saber se o seu rendimento atual é o suficiente para suportar a prestação, se a atual situação profissional é estável e se sempre cumpriu as obrigações associadas ao crédito. Em seguida, deve consultar o máximo de bancos possível. Só com várias simulações é que pode ter a certeza de onde pode poupar mais dinheiro. Quando vir que encontrou a solução mais em conta, deve avançar com o processo de transferência de crédito à habitação. Note que, neste caso, deve comunicar ao banco a transferência com uma antecedência mínima de 10 dias face à nova escritura.

4: Pense em transferir o seu seguro de vida

Na maior parte das vezes, o seguro de vida está associado ao crédito casa. No entanto, embora a maioria dos portugueses opte por o fazer no próprio banco em que contratou o crédito, esta opção não costuma ficar muito em conta. Na verdade, o mais provável é que, se transferir para uma empresa de mediação de seguros, como a SEPTOR, por um preço mais barato pode ficar com mais coberturas. É claro que, nestas situações, o banco pode acabar por aumentar um pouco a sua prestação. Mesmo assim, aquilo que poupa compensa, quase sempre, o que acaba por pagar a mais.

5: Não se precipite

Todos sabemos que o barato, às vezes, sai caro. Ao fazer a transferência do seu seguro, a tendência pode ser optar simplesmente pelas coberturas mínimas exigidas pelo seu banco. A menos que tenha a certeza absoluta de que não quer uma opção mais completa, existem coberturas que podem vir a ser essenciais. Tente nunca escolher um seguro com coberturas piores do que as que já tem. Mesmo assim, pode poupar até 60% do valor que paga atualmente. Não hesite em contactar um profissional

Por fim, vale a pena notar que este processo é altamente burocrático e, por vezes, exaustivo até. Mas não deixe que o cansaço o impeça de poupar! O custo de vida está a aumentar, em particular as prestações de empréstimo. E, toda a gente sabe, nestas alturas, qualquer cêntimo conta. Principalmente quando de milhares de euros se tratam.